Os Sonhos.
J. Norinaldo.
As vezes nos sonhos quando o corpo inerte,
A vida inverte os sentidos das setas,
E o tolo se vê como o dono do mundo,
E os donos do mundo são simples patetas;
A solidão do poço já não é mais no fundo,
E os mudos se tornam os grandes poetas.
No fundo da tela abstrata e sem cores,
Nos sonhos as flores colorem o ego,
Como uma aquarela nas mãos do pintor;
Resplandece a beleza na visão de um cego,
Solitários se tornam senhores do amor,
Mas nos pesadelos ainda existe a dor.
Será que dormia no ventre materno,
E sonhei com a vida que em breve teria?
Por isto chorei ao deparar-me com a luz,
Por que nunca sonhei com quem tanto queria?
Aquele que um dia pregaram numa cruz,
Ou será que sonhei, mas foi só poesia?
1 comentário:
Sonhador?... Humano?... Sensivel?.
Nada disso! Apenas poeta. Abraço, amigo.
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