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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015




Às Vezes.
J. Norinaldo


Às vezes a tristeza é bem maior que a fortaleza que você pensa ser, às vezes um pensamento, um lugar, um momento vivido, às vezes o olhar de pássaro ferido, sem saber por o feriram; às vezes... Se  tivesse marcado quantas vezes chorei sem sequer perceber que estava chorando ou quantas vezes aproveitei a chuva para disfarçar as lágrimas, ah! Quantas vezes. Quantas vezes você pensou em mim, só para lembrar os meus defeitos? Quantas vezes você me esqueceu  e quando de mim lembrou  foi assim  como caminhos  desfeitos, como rastros na poeira que o vento apagou? Às vezes é bem melhor ser esquecido, do que ser lembrado sem ser querido sem ser amado. Às vezes ser desprezado é bem melhor do que ser lembrado por um momento para logo ser novamente esquecido  porque só vale a pena ter-me no esquecimento. Às vezes é bem melhor o silêncio as mais bela melodias, se  justamente por causa delas  lembravas  alguém e me esquecias. Às vezes o desprezo tem muito mais valor que a compaixão, às vezes é melhor morrer, do que viver, só por viver, mas sem razão... Às vezes fico me perguntando por que não te esqueço, se na verdade nunca te mereci, como estou hoje, sinceramente, me diz... O que será que realmente mereço? Ser feliz?

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