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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015




Cale-se para Sempre, tendo apenas o direito de Chorar.
J. Norinaldo


Numa tarde de outono marmacenta chovia, uma chuva fina que formava um véu  como aquele  que usavas naquele fatídico dia, tão linda, tão bela como uma tela dos mais caprichosos pintor, juravas amor diante de um altar, enquanto alguém a chorar de longe te via e que tudo daria, que tudo faria para poder ouvir a tua resposta enquanto um padre sorria. Mas outro a ouviu e também respondeu e não era eu, pois de longe olhava chorava e chovia e  as minhas lágrimas com a chuva se confundia. A chuva que ora cai, leva o meu pensamento aquele momento que há tanto tempo se vai. Peguei um livro que me destes de presente numa primavera, tão linda e florida era, mas tu eras mais.  Sentei-me a varando e comecei a ler sem nem perceber que não entendia, mas lia e lia até que em dado momento, o meu pensamento se paralisou; havia uma flor amassada e sem cor, e ai tudo voltou. Lembro-me agora estava no jardim a regar os canteiros, quando sorrindo chegastes com este livro nas mãos e  me  estendestes  dizendo então: É para ti coração, é uma história linda assim como a nossa, quiçá até possa marcar com uma flor, um frase de amor que sempre me dizes, sinal que felizes havemos de ser. E uma rosa vermelha escolheu, virou-se de costas e no livro a escondeu. Hoje nós a encontrei  murcha e sem cor ao livro grudada, a retirei com cuidado, mas algo terrível aconteceu, o sumo da flor com tempo apagou a frase completa que ela escolheu. Olhei a vidraça e os pingos escorriam como lágrima de dor segurando a flor e olhei para nódoa que no livro deixou, lembrei-me da frase e o pranto rolou, e a chuva aumentou como se junto comigo chorasse por tão grande dor. A frase dizia e chorando sorri: “Ninguém neste mundo sentirá por alguém um amor tão profundo como este que sinto por Ti”. Apenas ouvi o barulho do livro ao cair, quando voltei a mim já não chovia mais, levantei-me e escrevi revoltado na lama do chão, , por ter sido covarde e quando alguém perguntou parecendo para ser direto para mim, porém de emoção engasguei-me “Que fale agora ou se cale para sempre” Eu deveria responder ;SIM; mas, por 

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