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sábado, 5 de dezembro de 2015





O Elo Perdido.
J. Norinaldo



Será que um dia a humanidade chegará  finalmente a conclusão, que a vida é apenas uma corrida de bastão, onde todos conhecem a chegada; onde o pódio espera o campeão, com os louros e um troféu feito de nada, ou da poeira da estrada, por este campeão correu, e que talvez pelo temor das   as alturas, procure o rodapé das escrituras e deixe ali tudo que foi seu. Será que no final desta corrida, o homem em fim  terá entendido que não existiu elo perdido, que  buscou freneticamente o que se perdeu foi a corrente e que a corrente nada mais foi do que a vida? Que o poema que na foi entendido, pode ser o tal elo perdido e a pena que o escreveu, no deserto do esquecimento se perdeu deixando o homem sábio aturdido; enquanto o bastão de mão em mão, continua a corrida sem saber o que encontrará a frente, continuando iludido, que existe um elo perdido que transformou   uma em  duas correntes, diferentes como o açúcar e o sal, e lhe  deram o nome de Bem e Mal que já não podem ser unidas, serão sempre paralelas sem atalhos ou saídas, até o todo num só troféu fundido, com a descoberta finalmente, que não existe elo perdido e que perdida foi a corrente,  e que a corrente nada mais foi do que a vida. Nem por isto será suspensa a corrida, e o bastão a passar de mão em mão... Na ilusão de encontrar outra saída.

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