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domingo, 6 de dezembro de 2015




Uma taça Vazia.
J. Norinaldo



Esqueci-me da capa num dia de chuva, não colhia uva para fazer o vinho, sozinho preciso me lembrar de tudo, contudo ainda lembro-me do velho caminho. Do velho caminho pelo quais juntos íamos ao parreiral, mesmo em dias chuvosos como amantes ditosos, pensando que os pingos da chuva fossem anjos arpejando a marcha nupcial. Hoje esqueci que não chove, mas lembrei da capa, pelo velho caminho fui ao parreiral, cumprindo uma etapa que ainda me move; lembrar nosso amor nas em tardes que chove; e agora sozinho, só resta o caminho e até o parreiral, hoje é uma rua, com casinhas brancas pintadas de cal. Por que não esqueço de vez da capa e da chuva, do caminho da uva do vinho e você; não sei onde estás, nem sei aonde vás, não sei como se faz aquele nosso vinho e já  nem posso beber. Quando partistes deixando para trás tanto sofrimento, por que não tivestes um pouco de  coragem a mais  de levar na bagagem...O meu esquecimento.

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