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sábado, 24 de outubro de 2009


A Água, o Pão e O Sino.
J. Norinaldo.

Depois do trigo colhido,
O pão sobre a mesa,
A terra esquecida,
Depois da sede saciada,
O que não serve pra nada,
Nos rio jogados água poluída.

Depois da criança nascida,
A dor do parto esquecida,
Esquecem a canção de ninar.
Em vez de afeto poupança,
Hoje o amor de criança,
Faz criança a brincar.

Deus só não foi esquecido,
Por que é vendido na feira no altar,
Seus títulos nenhum outro bate,
Assim como a Páscoa é lembrada,
Como a festa da criançada,
A procura de ovos de chocolate.

A cruz de infortúnio e suplício,
Símbolo do maior sacrifício,
Hoje é cunhada em ouro fino.
Que repousa nos seios da moda,
O trigo ceifado e a vida na poda...
A cruz é de ouro e de barro é o sino.



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