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domingo, 4 de outubro de 2009


Meu Grito.
J. Norinaldo.

O meu grito se perdeu na imensidão,
Mas a montanha escutou e devolveu,
E o eco fez com que as flores se abrissem,
E os pássaros revoaram alegremente,
O grito foi: eu te amo com loucura...
E o eco disse: eu te amo eternamente.

Se loucura que mal faz acreditar?
Qual o motivo pra montanha me mentir?
Quem ama é louco e pouco importa se o delírio,
Faz as flores se abrirem ao seu redor,
Eu prefiro a loucura ao martírio,
Tendo a loucura eu jamais me sinto só.

Converso com a montanha e as flores,
Falo das dores que pela vida passei,
Escuto atento todas mensagens do vento,
Quando a noite o sol dá lugar a lua,
Vejo-te nua nas nuvens do firmamento,
Que te desenham conforme o meu pensamento.

Meu amor é bem maior que a montanha,
Que o meu grito não consegue ultrapassar,
Que me volta pelo vento mensageiro,
Que também é o pintor da minha tela,
Quando desenha no céu teu corpo inteiro...
E a loucura é quem empresta a aquarela.

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