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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Jogo da Vida.
J. Norinaldo.

Vamos, pode dar as cartas, a mesa está pronta,
Não tema, não pode perder pra quem nunca ganhou,
Mesmo que na minha mão esteja o melhor jogo,
Minto e depois atiro as cartas no fogo,
Não quero mais estas fichas que não valem nada,
Aquelas que valem muito, a mim vida negou.

Se depois por curiosidade contar o baralho,
Vai ver que ganhou um jogo que estava perdido,
Por que um ser excluído, da vida banido sem saber por que,
Um desesperado que seus próprios grilhões prendeu,
Não teve a coragem de pagar um crime que não cometeu,
E mesmo sabendo que ganhava o jogo, não pagou pra ver.

Sai de perto de mim, vai, vai viver a vida,
A beira do abismo sempre foi privilégio meu,
O desprezo dói muito menos que a compaixão,
Preciso apenas dar um passo que ainda não dei,
Não se culpe por ganhar o jogo não conte o baralho...
Ninguém tem culpa por eu ter chegado aonde cheguei.




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