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terça-feira, 20 de outubro de 2009


A Criação.
J. Norinaldo.


Enquanto o beijo louco e proibido,
Provoca arrepios de desejos,
O grito represado na garganta,
Concita a explosão do gozo lento,
Enquanto a carne é viva o leite quente,
Da montanha desce a neve com o vento.

Num ritual animal sem regras ou dialeto,
Como num brinde canibal sem preconceito,
Corpos se comem e se bebem por inteiro,
Onde o amor e o afeto geram o feto perfeito,
Sem sofismas sem sombra nem sentimento...
E sem arestas pra aparar depois de feito.

Outra semente que germina e frutifica,
Que justifica o continuar do amor,
Mais um elo na corrente do universo,
Uma estrofe ao poema mais perfeito,
Rima do mais venturoso verso...
A imagem do poeta maior, o Criador.

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