Cores e dores.
J. norinaldo.
Como as cores encantam, como
sabiás que cantam numa parreira em flor, como este pássaro lindo, que do lago
vai saindo com três peixinhos no bico. O
encanto da sua cor esconde a aflição e a dor que a morte os condena, por que um
poeta sofre, onde há tanta beleza, porque jamais esquece a certeza a única
desta vida, que entre o bom e o mau, entre o feio e o bonito, entre a beleza e
a dor restará um nome escrito num pedaço de madeira ou numa pedra de granito o
pescado e o pescador. Quando se abre uma rosa e um galante beija flor baila num
belo cortejo afim do primeiro beijo, doce, como doce é o amor. A beleza tão
efêmera da rosa que murcha perde a cor e o perfume, jamais sentirá ciúme de
outra de eterna cor que alguém com muito talento pintou, como os peixinhos do
pensando ser um afago de um pássaro de tão bela cor. Existe muita distancia
entre verdade e a fantasia, entre a dor e a poesia, muito mais
do que sonha nossa vã filosofia. Quem sabe até os peixinhos ainda vivos,
admiraram a beleza da plumagem do seu carrasco predador; assim é a natureza
destila tanta beleza, mas também tenho certeza sabe bem o que é a dor.
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