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domingo, 14 de setembro de 2014



Onde se acaba o Orgulho.
J. norinaldo.



Não adianta cobrir de flores quem logo será carniça, cobre logo com caliça o que mundo não quer ver, se nesse dia chover melhor ainda será, pois  pode bem disfarçar as lágrimas que sejam falsas das mãos que seguram as alças do teu caixão ao partir, porque a partir dali a terra se encarrega da limpeza que lhe entrega numa cidade pequena, aonde a noite serena e ninguém se atreve a ir. Onde existe belos prédios porem de baixa estatura, as ruas são sempre estreitas e as noites as escuras; onde a beleza do corpo que tanto cultuas e ama, não passa de podre lama, não uma lama qualquer da chuva que cai e corre, mas a lama de quem morre ninguém suporta a fetidez, de alguém que com tanta altivez sempre olhou por sobre os ombros, hoje não passa de escombros, lixo, podridão sem nenhum desfaçatez. Então porque tanto orgulho soberba preconceito, se todos do mesmo terminarão um dia, se num sepulcro de mármore cheio de obras de arte, ou em uma cova rasa nada disto faz mais parte daquilo que de desfrutas, para que servem as flores, se todos sabem o motivo, não se enfeita um vivo com pétalas para evitar o seu cheiro, mas se evita o lixeiro ou até mesmo o coveiro que vivo faz a caliça fria , para cobrir a carniça que lhes desdenhou um dia. Um dia o caminho acaba e acaba para sempre, as vezes ficam pegadas do que se fez por aqui, só existe uma certeza é esta é permanente, ninguém virará semente e ficará para sempre por aqui. Se você leu o poema, está vivo e tempo tem,  de pensar no tempo que ainda vem antes do lençol de flores, há tempo de evitar dores, de alimentar quem tem fome, apenas um simples pão, e quando falar em Deus, não usar o seu santo nome em vão, ou cobrar por isto ouro, pois por maior que seja o seu tesou, ou por mais fina que seja sua caliça mesmo misturada a ouro, não adiantará de  nada o  fedor da sua carniça por ninguém... Será jamais  suportada.

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