Felicidade e a Neve.
J. Norinaldo.
Se a neve se atreve a brincar de
criança, com sardas que dança num rosto infantil, me lembra os brinquedos de
antigamente, um caneco com água e sabão, um simples canudo do pé de mamão
e neve caia no meu mundo encantado, era
o mundo saindo da minha mão. Hoje é tão diferente do meu tempo de outrora já
não mais histórias para se contar ou
ouvir; falo com quem não vejo, namoro e
até beijo só usando a mão. A neve é tão linda como linda é a vida, mas também
tão efêmera como uma bolha de sabão; se a neve se atreve a brincar de criança,
que pula e dança entre os flocos que caem quem nunca viu neve se atreve a
fazê-la com água e sabão e um simples canudo do pé de mamão com as bolhas que
saem. A felicidade é simples vontade, você quer ser feliz é somente querer,
acreditar que a neve que você nunca vai ver, é igual a que você sabe fazer, com
prazer e emoção, com um caneco de água e sabão, e um simples canudo do pé de
mamão. A felicidade está onde você quer esteja, onde cai a neve onde a lama
rasteja; nunca esquecendo que a beleza da neve que os montes alveja, e que quem
nunca a viu da vida reclama por nunca estar lá quando derretida não passa de
lama, que você desvia para não pisar.
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